quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Compaixão

Acho de muito pouca valia o altruísmo de vanglória de que muitas vezes queremos nos utilizar para termos nossas consciências limpas do nosso dever do "amor ao próximo". Amor ao próximo é muito maior que isso, é ser capaz de trocar sua vida pela dele. Difícil?! Jesus fez isso.
Amor ao próximo não é dar roupas ou comida ou remédio a um necessitado, ainda que essas coisas sejam primordiais e uma obrigação nossa, mas é olhar no olho dessa pessoa e fazê-la descobrir que estamos no mesmo barco, que somos miseráveis da mesma forma, com necessidades diferentes mas miseráveis.
O sentimento de dó serve pra muito pouco e na maioria das vezes, ofende e humilha mais que ajuda. Quando estendemos a mão pra ajudar, precisamos entregar o nosso coração mais que um objeto, o ar de superioridade como se não fôssemos tão necessitados quanto àqueles que pensamos estar "ajudando" nos distancia muito do amor ao próximo proposto por Jesus.
Jesus falava de compaixão quando nos ordenou amar ao próximo como a nós mesmos, ele estava dizendo das nossas semelhanças e não das nossas diferenças, estava afirmando o nosso caráter humano dependentes de Deus em tudo. A compaixão nos torna criação de Deus e seres humanos interdependentes, esse é o príncipio do amor ao próximo.
Existem milhares de ricos financeiramente, mas miseráveis espiritualmente, sem Jesus, sem salvação, sem a esperança da vida eterna no céu ao lado de seu criador. Existem milhares de pobres financeiramente mas cheios do conhecimento de seu Deus, cheios de seu Espírito e por isso, apesar de todas as dificuldades, são supridos em suas necessidades. Existem ainda aqueles que não tem nenhum recurso para sua sobrevivência, moram nas ruas, não comem, estão perdidos no abismo das drogas, não tem esperança, esses realmente precisam de ajuda e cada vez que não fazemos o bem, podendo fazê-lo, pecamos. Mas ainda assim, esses precisam mesmo é de Jesus, de libertação, de salvação, eles estão numa guerra e não sabem e nós precisamos guerrear com e por eles.


Que Deus me ajude e cumpra Sua vontade em mim! Obrigada Senhor, quero estar contigo!

"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" Rm 12:2

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O medo mata

O medo é paralisante, o medo transforma liberdade em cativeiro, é pai do fracasso. Quando Jesus contou a parábola daquele servo a quem o seu senhor deu um talento e ele enterrou para que quando seu senhor voltasse, encontrasse aquele mesmo talento, expressou o que o medo faz com o ser humano.
Aquele homem não criou oportunidade, não multiplicou, não investiu, não ousou com aquele único talento que recebeu e não fez isso por medo. Teve medo do que o outro iria pensar se acaso ele ousasse utilizar o talento e, por um infortúnio, o perdesse. Então não se arriscou e enterrou o talento, enterrar pareceu ser a atitude mais sábia para que nada fosse perdido e quando o seu senhor voltasse o talento estaria lá, intacto, imutável, na forma e conteúdo originais, nada, nadinha teria sido alterado.
O que parece ser mais seguro pode ser a armadilha do medo para que a capacidade elaborativa que Deus nos deu como benefício não se manifeste e assim, vivemos a vida pela ótica do medo. Nunca se arriscar implica em nunca perder, mas também em nunca ganhar.
O mesmo medo estagna toda uma vida, medo de falar, de lugares, de dirigir, da morte, das
adversidades, de ser alvo de comentário, da opinião alheia, do desconhecido, enfim medo de viver.
O medo torna o ser humano medíocre, tolhe toda sua autoridade sobre a Terra, Deus confiou a Terra aos homens e a eles ordenou que cuidassem dela, que classificassem seus seres, mas o medo que veio com o pecado, tirou essa autoridade.
Jesus ensinou a ousar, a andar por sobre as águas, mas o medo fez afundar, ensinou a confiar, mas o medo fez Pedro negar. O medo consome o que pode ter demorado a ser conquistado, o que pode ter custado muito a ser conseguido.
O medo existe, e não pode deixar de existir, porque pode ter sua dose positiva quando realmente protege de um perigo, mas o espírito que nos foi dado foi o de vida, de liberdade e não de medo, de aprisionamento.
Que Deus abra meu entendimento e me faça crescer e multiplicar, sem medo. Amém.
"Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação" 2 Tm 1:7